RESPONSÁVEL
DATA DA ATIVIDADE

06/11/2021

RELATO POR

Rodrigo Rodrigues da Silva

PUBLICADO EM

7 de novembro de 2021

CATEGORIA

No dia 6/11/21 fui com Roger e Bruno Seidel fazer um Costão do Pão de Açúcar. A proposta original da atividade seria um costão via Escada de Jacó para novos sócios. Eu já havia escalado com o Roger uma vez, e o Bruno estava em sua primeira atividade pelo clube. Fato interessante é que o Bruno entrou para o clube e 15 minutos depois já estava inscrito nesta prancheta!

Cheguei às 8 em ponto nas correntes e os dois participantes, que ainda não se conheciam, já estavam conversando. Após um papo rápido, decidimos mudar um pouco o rumo da atividade e subir até a base do Costão pela Coringa, e depois continuar pela São Bento. A escalada da Coringa já contaria como avaliação do Bruno, que acabou de concluir o Curso Básico com uma guia da AGUIPERJ.

Aqui vale lembrar que, por conta de um incêndio nas bromélias do início do costão, o acesso normal está fechado (e sinalizado), mas, conforme já tinha confirmado com a gestão do MoNa, a subida via Escada de Jacó ou Coringa estava liberada.

Entrei guiando na Coringa umas 9h. O sol já começava a esquentar. Apesar dos quase 10 dias de chuva, a via estava bem seca. Depois de 2 semanas parado, senti alguma dificuldade em puxar duas cordas no primeiro lance da Coringa, e ninguém viu uma suposta pisada de grampo! Fiz a P1 clássica (à direita), deixando o grampo acima daquele agarrão de cristal costurado com uma fita de 1.20 para os participantes. No final acho que não valeu a pena, pois o participante de todo modo tem que ir soltar a costura e descer desescalaminhando até a parada.

Seguimos em um ritmo constante até o platô do final da via e os dois foram muito bem, mas também sem pressa devido a uma cordada de curso básico à nossa frente. No final da via, já por volta das 10h30, lacei um bico de pedra e montei uma seg para os dois, um no ATC em modo guide e um de meia volta do fiel (UIAA). As cordas tinham diâmetros bem diferentes e não gostei da montagem com duas cordas no Reverso ali, na P2 e na P3, mais verticais, foi OK. No final das contas, também achei esse conjunto difícil de manusear.

Ao chegarmos no lance do costão, nos deparamos com um “grupo comercial” muito grande. Provavelmente tinham subido pela trilha interditada, pois enquanto escalávamos pela Coringa só tinha visto um grupo pequeno na Escada de Jacó que só fez o primeiro lance e rapelou da árvore.

Cheguei perto para puxar conversa com os organizadores do grupo e logo se prontificaram a ceder passagem. Apesar da gentileza, fiquei muito preocupado com as condições técnicas em que o grupo estava fazendo a subida. Peguei pela conversa que a maioria dos participantes estava fazendo uma “trilha” pela primeira vez. Outra participante estava subindo com sua seg em nada além de um mosquetão simples, fazendo batman em uma corda simples que roçava sem parar em uma aresta. Nitidamente, ninguém tinha formação para estar ali. Fico me perguntando se o responsável, que ostentava um crachá de guia turístico “Cadastur”, tinha noção do risco em que estava colocando seus clientes.

Nos encordamos os 3 em apenas uma corda de 50m (a segunda ficou na mochila) e, quase 1h30 após chegarmos à base, terminamos o lance do costão. Sem desencordar, fomos direto para a São Bento e francesamos até a trilha, só parando para proteger melhor os participantes no lance inicial. Ao final da São Bento, já eram 13h15. Não marquei o horário no início, mas fizemos em uns 20 minutos.

Chegando ao cume, aproveitei o cabo de aço da cerca para simular uma parada e ensinar o travamento de guia para o Bruno, que não conhecia ainda. Ali também ele montou um rapel, que não tinha tido como avaliar pois não rapelamos.

Às 14h15 estávamos no embarque do bondinho da Urca para a Praia Vermelha. Nesse ponto, eles checam a carteirinha para liberar na descida gratuita. Minha carteirinha do CEC já estava vencida desde agosto, mas já sabia que eles aceitavam desde que mostrasse a carteirinha digital no site. Queria ver se eles liberariam os outros dois sócios que, por serem filiações recentes, não tinham a de plástico ainda. Com alguma conversa liberamos, e ali descobri que o problema não era nem a falta do plástico, senão a falta do logo da FEMERJ na carteirinha digital, o que vamos resolver logo.

Excursão encerrada, fui para o árabe almoçar e lá pelas 15h30 segui para o Urubu, onde encontraria o Adriano, que estava voltando de uma outra prancheta do CEC no Grajaú. No caminho para o Urubu, encontrei a Raquel Masuet e a Laura indo embora – tinham chegado 9h. No Urubu, estavam Letícia, Adriano e Mari. Entrei de top com limitado sucesso em algumas vias, e fiquei só vendo Letícia e Mari mandando muito bem!

Fim da escalada, voltamos para o árabe e lá estavam Konzen e Marcos Dias, que tinham feito a Waldo! Logo depois apareceram Sabioni e Marina. Uma quase aglomeração não intencional. Uma pena que o Roger e o Bruno já tinham ido, poderiam já ter conhecido bastante gente do clube. Foi muito bacana ver uma galera ali se reencontrando. Bateu uma saudade enorme das reuniões sociais, mas também senti tanta alegria de ver o clube bem ativo, galera do Carioca escalando muito, que resolvi escrever esse relato, que já fica como o primeiro do novo site.

.